segunda-feira, 17 de maio de 2010

Caso Chico Picadinho

Caso "Chico Picadinho": Foi no dia 3 de agosto de 1966, cerca de 38 anos que a bailarina austríaca Margareth Suida foi encontrada estrangulada com um cinto preto de couro na banheira de um apartamento na rua Aurora na região central da cidade de São Paulo. O corpo foi achado totalmente mutilado.

O apartamento que o corpo foi achado pertencia a um vendedor de livros e consórcio chamado Francisco Costa Rocha. Eles se conheceram horas antes do crime em um bar localizado na região central de São Paulo. Francisco convidara-a para ir à seu apartamento e obteve com resposta sim. Após cometer o delito Francisco lavara-se e fora a procura de um amigo para confessar-se. Após confessar-se pedira dinheiro emprestado para comprar uma passagem de ônibus para o Rio de Janeiro, onde tinha família. Logo após o embarque de Francisco o médico (amigo de Francisco) denunciou-o.

Dois dias depois Francisco foi preso em um apartamento em Copacabana. O assassino confessou o crime após a chegada em São Paulo. Ele não soube explicar porque esquartejou o corpo. Foi condenado, então a 17 anos de prisão.

Ao logo do tempo na cadeia ele foi comutado várias vezes por bom comportamento. Ele casou-se até com uma russana cadeia a ex-faxineira do apartamento da rua Aurora. Eles tiveram uma filha. Francisco foi solto antes de cumprir toda a pena (8 anos de cadeia).A libertação foi possível com o aval de psiquiatras e peritos forenses. Eles atestaram que Francisco Costa Rocha estava recuperado e apto para voltar a viver em sociedade. Ele se separou da mulher antes do nascimento da filha.

Dois anos depois de ser libertado ele voltaria atacar. No dia 14 de setembro de 1976 ele tentou matar por esganadura a prostituta Rosemarie Michelucci em um hotel na zona leste de São Paulo. A mulher gritou e lutou muito, ela conseguiu escapar.

No dia 16 de outubro de 1976, Francisco Costa Rocha estrangulou e esquartejou outra mulher, a prostituta Angela de Souza da Silva, conhecida como a "moça da peruca". O crime aconteceu em um apartamento na avenida Rio Branco, centro de São Paulo, região da "Boca do Lixo" que Francisco Costa Rocha dividia com um amigo. Ele tinha conhecido a prostituta horas antes em um bar na "boca do lixo". Após o crime, ele voltou a fugir para o Rio de Janeiro e foi preso 28 dias depois em uma praça de Duque de Caxias na Baixada Fluminense quando lia uma revista que relatava sua vida de crime. Ele foi condenado novamente. Somando os dois delitos, ele já cumpriu 35 anos de condenação. Continua preso até hoje no Hospital de Custódia e Tratamento de Taubaté, em São Paulo. Deveria ter sido colocado em liberdade em 1998. A legislação estabelece que ninguém pode ficar preso mais de 30 anos. Com base em laudos médicos e psiquiátricos, o Ministério Público de São Paulo conseguiu a interdição de "Chico Picadinho" na Justiça Civil. O motivo e que Francisco Costa Rocha é incapaz de gerir seus próprios atos e se for solto voltará a esquartejar e assassinar outras pessoas. Ele cumpre uma espécie de prisão perpétua.

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