quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Crime da Rua do Arvoredo



Crimes da Rua do Arvoredo
é um episódio que ocorreu em 1864 na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Um sujeito chamado José Ramos, que era na verdade um inspetor de polícia de Santa Catarina, teria comprado (ou alugado) uma casa na antiga Rua do Arvoredo (atual Rua Fernando Machado), de um sujeito chamado Carlos Klaussner, antigo dono de um açougue que funcionava no mesmo endereço.

Consta que o tal homem gostava de música, frequentava o recém-inaugurado Theatro São Pedro, andava bem vestido, enfim, era, como se dizia na época, um boa-vida. Tempos depois ele conheceu Catarina Palsen, com quem passou a viver, e a praticar os tais crimes. Ao que tudo indica, ela, Catarina, de origem húngara, e de grande beleza, "atraía" as vítimas para a tal casa-açougue, para que fossem mortas por José Ramos, esquartejadas e, com a carne, eram fabricadas linguiças, vendidas no comércio de Porto Alegre, e que tinham, por sinal, muito boa "aceitação". Nesse ponto "inicia-se a lenda", pois os processos criminais a que José Ramos respondeu, existem, mas neles não consta que as vítimas eram transformadas em linguiça.

Segundo o historiador Décio Freitas, autor do livro O Maior Crime da Terra (Editora Sulina, 1998), os processos estão incompletos, faltam folhas, é todo manuscrito em português arcaico de difícil leitura, e se realmente a história é verdadeira, nunca se saberá, pois somente as folhas faltantes nos autos é que poderiam dar algum indício sobre a veracidade das tais linguiças, ou não. O fato é que hoje existe o crime porém as provas sobre as linguiças fabricadas com carne humana foram consumidas no decorrer do processo e o passar dos tempos.

Fonte

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mateus da Costa Meira " O atirador do Cinema "


10/11/1999: Era só o que faltava. Na semana passada, o Brasil se horrorizou com a chegada por aqui de um tipo de crime até então inédito no país e que já se tornou uma das grandes preocupações da polícia dos Estados Unidos: o assassinato em massa. Diferentemente do que ocorre nas chacinas, em geral motivadas por vingança ou acerto de contas, e nos assassinatos em série, feitos secretamente, com intervalos de meses ou até anos entre um e outro, o homicida por atacado age em público, movido pela própria paranóia, e tenta fazer o maior número de vítimas possível. Foi exatamente isso o que aconteceu na noite de quarta-feira numa das salas de cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, onde o estudante de medicina Mateus da Costa Meira, 24 anos, descarregou um pente de submetralhadora na platéia, matando três pessoas e ferindo outras cinco.

As 28 pessoas que assistiam à última sessão do filme Clube da Luta viveram um terror que lhes parecia interminável. Mais tarde, Meira diria que há sete anos vem pensando em cometer um crime assim. Marcado por uma personalidade esquizóide e muito introvertido, o estudante criou as condições ideais para realizar sua obsessão. Há pelo menos dois meses vinha consumindo cocaína e desde o final de outubro deixou de tomar o medicamento Zyprexa, antipsicótico usado para diminuir sintomas de delírios, alucinações, irritabilidade e agressividade.

Meira já tinha até uma pistola 380 para fazer seu massacre. Mas acabou optando por outra arma. O estudante, então, encomendou a um traficante de drogas um artefato mais pesado, uma submetralhadora americana Cobray M-11/9 calibre 9 milímetros. Ficou eufórico na manhã de terça-feira ao saber que a arma havia chegado. Agiu meticulosamente. Às 17h10, hospedou-se no quarto 915 do Príncipe Hotel, um três-estrelas localizado na Avenida São João, no centro da capital paulista. A diária, de 66 reais, dava direito a televisão, ar-condicionado, telefone e frigobar. À noite, saiu para dar uma volta e retornou menos de uma hora depois. Pediu um filé grelhado ao serviço de quarto. Na tarde do dia seguinte, encontrou-se com o mecânico Marcos Paulo Almeida Santos para pegar a submetralhadora que encomendara. Pagou 5.000 reais, entregou sua pistola 380 e voltou para o hotel. Minutos depois, saiu sem fechar a conta, levando apenas uma mochila nas costas. Tomou um táxi, rumo ao Morumbi Shopping – local onde, acreditava, poderia cometer o crime sem levantar suspeitas, já que estava bem longe de casa e dificilmente alguém o reconheceria por ali.

Chegou ao shopping por volta das 9h15 da noite e desceu ao piso lazer, passou pela praça de alimentação e entrou no banheiro masculino. Olhou para o segurança particular Hernandes Correia e disse: "Você toma anabolizante, isso é droga e vai te matar. Sou médico e sei o que é isso". Os dois começaram a discutir. Correia saiu, procurou um segurança do shopping e avisou que havia uma pessoa alterada lá dentro. Enquanto isso, Meira já se dirigia ao cinema. Chegou à bilheteria e comprou um ingresso para a sala 5. Cinqüenta e cinco minutos antes de sua entrada já havia começado a projeção de Clube da Luta, de David Fincher – filme estrelado pelo ator americano Brad Pitt. A fita retrata a vida de alguns homens desajustados, que montam uma organização clandestina na qual parecem reencontrar a própria virilidade trocando socos e pontapés. Meira disse ter escolhido o filme por saber do que se tratava, mas garante não ter assistido a ele antes.

Quinze minutos mais tarde, Meira levantou-se e foi ao banheiro do cinema. Olhou para o espelho. Parou. Abriu a bolsa e tirou a submetralhadora e a carregou. Mirou para a sua própria imagem e disparou. O espelho permaneceu inteiro na parede, com um furo de bala e todo estilhaçado. A arma estava no modo intermitente, isto é, dava um tiro de cada vez. O estudante não conseguiu regulá-la para que os tiros saíssem em rajadas. Voltou à sala e parou perto da tela. Como contaria depois, não sabia o que fazer. "Pensei: e agora? Para onde atiro?" Disparou para cima. "Nessa hora, acreditei que fosse uma pegadinha, como as do Silvio Santos ou do Faustão", conta o estudante de direito Miguel Beltran Neto, 20 anos, que estava na platéia. Meira andou cerca de 3 metros e atirou contra a parede oposta. Entre os 28 espectadores da fita, estavam a fotógrafa Fabiana Lobão de Freitas e seu namorado, o produtor de cinema Carlos Eduardo de Oliveira, ambos de 25 anos. Não era a primeira vez que eles assistiam ao filme. Decidiram revê-lo para acompanhar o amigo e sócio, José Eduardo Alexandre da Silva. "Olhei para meu amigo e disse, desesperada, que tinha alguém atirando e não era do filme", conta a engenheira agrônoma Andrea Cury Lang, 28 anos.

O maníaco olhou para eles e começou a alvejá-los. Andrea jogou-se no chão, tentou sair engatinhando, mas foi atingida na coxa direita. Beltran Neto, que estava na terceira fileira, viu sangue em sua calça. Olhou para o lado e Fabiana estava caída – morreu na hora, com duas perfurações no tórax. O namorado, Oliveira, havia se atirado sobre ela, tentando protegê-la, e acabou ferido no braço e no pé direito. Beltran Neto voltou-se para o outro lado e viu o analista de sistemas Júlio Maurício Zemaitis, 28 anos, banhado em sangue. A bala havia perfurado uma das lentes dos óculos do rapaz e atravessado a cabeça. A morte dele foi confirmada na madrugada de quinta-feira, na Santa Casa. No início da noite de sexta-feira, outra vítima, a publicitária Herme Luiza Jatobá Vadasz, 44, morreu no Hospital Albert Einstein.

Ao todo, oito pessoas foram atingidas pela maior parte dos tiros disparados. O perito Heitor Bacchi Júnior contou quinze tiros na área de maior concentração de espectadores, entre a quarta e a sétima fileiras. Bacchi calcula que tenham sido disparados 22 tiros no total. Segundo ele, foram dezenove perfurações em doze poltronas. Meira só parou de atirar quando acabou a munição e aparentemente se atrapalhou com a arma. Aproveitando esse momento de distração, um grupo de espectadores avançou contra o estudante. Atônito, ele não ofereceu resistência. Os seguranças do shopping chegaram a tempo de evitar o linchamento do rapaz, que, pouco depois, foi levado à Delegacia Seccional Sul, no Brooklin.

Lá, contou que ouvia vozes ameaçando-o e sentia-se perseguido em seu apartamento, motivo que o teria levado a se hospedar no hotel na tarde de terça-feira. Em sua residência, a polícia encontrou mais de 300 cápsulas de submetralhadora, quatro papelotes com aproximadamente 1 grama de cocaína cada um e 33 pacotes vazios. Também havia vestígios de crack.

O estudante confirmou que usava drogas constantemente e as comprava do mecânico Marcos Paulo Almeida Santos, o mesmo que lhe vendeu a submetralhadora, preso na madrugada de quinta-feira. Segundo o delegado seccional Olavo Reino Francisco, ele deve ser indiciado como co-autor do crime.

O país inteiro passou a semana discutindo as razões que levaram Meira a cometer tal insanidade. Brotaram explicações psicológicas e psiquiátricas de todos os tipos para o comportamento do estudante. Não faltaram nem mesmo as habituais menções à influência dos filmes violentos, como se as pessoas que assistissem a esses filmes saíssem sempre atirando na multidão. Houve até especulações sobre a responsabilidade do shopping pela segurança de seus freqüentadores – o que é um absurdo. "Não dá para evitar", diz Cláudio Sallum, superintendente do MorumbiShopping. "Isso só seria possível se as pessoas estivessem dispostas a ser revistadas, o que não é o caso." Talvez a melhor maneira de descobrir por que Meira fez o que fez seja examinar sua vida. Ele nasceu em Salvador, na Bahia, numa família de classe média alta. Seus pais, Deolino Vanderlei Meira, 61 anos, e Alina da Costa Meira, 57, vivem num amplo apartamento de quatro quartos com piscina, quadra poliesportiva, sauna, localizado no charmoso bairro do Chame-Chame. Deolino é um médico oftalmologista de renome na capital baiana. Meira e a irmã Ana Emília Meira, 21 anos, sempre tiveram de tudo. Estudaram em bons colégios particulares e até hoje Meira recebia uma mesada de 800 reais. A vida, portanto, era de padrão muito bom. Mas o rapaz sempre foi um desajustado. Na infância, foi submetido a tratamento psiquiátrico. Nunca teve um relacionamento muito afetuoso com os pais. Às vezes tinha alguns bate-bocas fortes e a decisão de morar em São Paulo foi encarada por todos como uma boa solução.

Nos seus seis anos de São Paulo, Meira não cultivou uma amizade sequer. Nunca foi visto com namorada. Quando andava pelos corredores da Santa Casa de Misericórdia, onde cursava o 6º ano de medicina, mantinha sempre o olhar baixo. Nunca foi a um churrasco de turma ou a uma festinha de faculdade. Não freqüentava a lanchonete da Santa Casa, a Toca, onde os alunos costumam bater papo e namorar. Todas as vezes em que um grupo maior se formava e as piadas começavam, ele saía sorrateiramente de cena. Quando o chamavam de "baiano", abandonava o lugar imediatamente e emudecia durante dias. No 1º ano, foi um estudante excepcional. Suas notas estavam entre as melhores da turma. No 2º, foi apenas um bom aluno. No 3º, medíocre. Ele repetiu o 4º ano, fez apenas uma matéria no 5º e no 6º. Na semana que vem, participaria da formatura de sua turma no Esporte Clube Pinheiros, clube tradicional de São Paulo. "Caso não tivesse provocado essa tragédia, ele dificilmente seria lembrado. Tinha uma atuação apática", diz o professor Ivan Pistelli.

Na Santa Casa, poucos alunos gostam de dar plantão aos sábados e domingos ou em horários noturnos. Mas Meira oficializou essa opinião para os professores. Ele chegava a pagar para alguns alunos cumprirem o plantão por ele. Quando foi descoberto, encaminharam-no a um centro de apoio psiquiátrico da universidade. Ele compareceu a uma consulta com a doutora Patrícia Belloddi e se dizia revoltado com a punição. Foi então encaminhado ao psiquiatra José Cássio do Nascimento Pitta, que se apressou em agendar uma consulta e abriu um horário extra para atender a mãe dele. Ao final do encontro, Pitta ficou convencido de que ele precisava iniciar o tratamento imediatamente. Como ia viajar, recomendou o jovem à sua colega, a psiquiatra Luciana Sarin. Dias depois, Meira piorou e a médica decidiu interná-lo na Clínica Psiquiátrica Parque Julieta, na Granja Julieta, bairro nobre de São Paulo, à revelia do paciente. Quando Pitta voltou de viagem, encontrou-o quieto e retraído, depois de sete dias de internação. Ele não mais apresentava os sintomas de irritabilidade e agitação que demonstrara antes.

Foi então que o psiquiatra ouviu da voz pausada e monocórdia de Meira relatos sobre alguns acontecimentos de sua vida. "Ele não chorou e conseguiu durante todo o tempo expor suas idéias de forma clara e precisa", conta Pitta. Ficou marcada uma nova visita à clínica para o dia 19 de outubro, uma terça-feira. Na época, o pai de Meira estava em São Paulo acompanhando o tratamento do filho. A sua permanência na cidade, ao lado do estudante, foi a condição imposta pelo psiquiatra para dar alta. Meira alegava que queria retomar os estudos. Dois dias depois, na quinta-feira, o pai de Meira ligou para o psiquiatra e disse que ele retomara as atividades normais na escola e dormia bem. Um bom sinal, já que a insônia era freqüente. Mas o pior ainda estava por acontecer. Uma semana mais tarde, o pai de Meira levou-o ao consultório de Pitta. "Ele me disse que tinha assuntos urgentes a resolver em Salvador e viajaria naquele mesmo dia", relata o médico. No dia seguinte, Meira interrompeu a medicação e passou a ser dono de seu destino. Não voltou mais ao consultório do psiquiatra.

Meira morava sozinho. Não recebia ninguém em seu apartamento. Costumava não atender ao interfone nem à porta, mesmo estando dentro de casa. Segundo seus vizinhos, tinha um comportamento muito estranho. Por duas ocasiões, quebrou o vidro da porta de entrada com a cabeça. Numa madrugada, irrompeu na casa do zelador, batendo na porta e dizendo que queria a chave da caixa de luz porque a voz que o perseguia estava lá dentro. Chegou a ameaçar o zelador. Meira estava devendo dois meses de condomínio. "O cara fechava a porta do elevador rápido para não subir com ninguém. Era um bicho do mato", diz Fernando Davi, 21 anos, morador do prédio. Era um aficionado de jogos de estratégia, como War, e de memória, como Master. O garoto calado e sem amigos era também um pirata da informática. Em seu apartamento foram apreendidos quatro computadores e mais de 1.000 CDs virgens que usava para copiar softwares. Na verdade, ele mantinha em casa uma empresa virtual, fantasma, com endereço na internet e cadastrada com dados falsos. Em 1997 foi procurado pela polícia, mas nem chegou a ser processado por crime de pirataria. Sabe-se, porém, que parte do dinheiro que empregou na compra da arma foi obtida com a venda desses CDs. Uma empresa provedora de internet chegou a reclamar com seu pai porque ele enviava mensagens pornográficas por e-mail para centenas de pessoas.

Na última sexta-feira Meira recebeu a reportagem de VEJA para uma entrevista na sala de testemunhas. Bastante arredio e confuso, quis interromper a conversa algumas vezes. Durante o tempo todo, não olhava nos olhos, expressava-se com monossílabos e tinha voz pastosa. Não demonstrava nenhuma emoção. "Sei que outros pais perderam seus filhos, mas eu sei que meu filho fez isso porque está fora de si", lamentou o pai, Deolino. Ao chegar à delegacia, onde o filho estava preso, perguntou como ele estava. O rapaz disse que estava tudo bem. E só. Não se abraçaram. Depois conversaram pouco. Mas muito pouco.

"Estão colocando esse cara como doente, mas ele é um monstro, um assassino cruel e tem de pagar por isso", indigna-se o músico Orlando Moraes, amigo de Herme, uma das vítimas fatais. Um crime de homicídio doloso pode ser punido com até trinta anos de prisão. Meira cometeu três. A punição por lesão corporal de natureza grave é de dois a oito anos (o estudante deixou cinco pessoas feridas). Na teoria, a pena para ele poderia chegar a 130 anos de cadeia – dos quais não cumpriria mais que trinta anos, o máximo previsto no Código Penal. Na prática, porém, a grande discussão jurídica será em torno de seu estado de inimputabilidade no momento em que cometia o crime. Em outras palavras, estará em pauta se ele tinha condições ou não de compreender o caráter de sua conduta quando disparava contra a platéia do cinema. Pode-se discutir que Meira tenha problemas psíquicos, mas ele não é nenhum louco varrido. Afinal, alguém que está no 6º ano de uma conceituada faculdade de medicina não se enquadra naquele tipo de louco que sai por aí rasgando dinheiro na rua.

Um laudo preparado a pedido da Justiça será o principal documento do processo. Se for considerado inimputável por esse documento, ou seja, incapaz de compreender seus atos, ele será encaminhado a um hospital psiquiátrico. Caso seja considerado semi-imputável, situação em que a pessoa tem capacidade reduzida de entendimento, será julgado normalmente e sua pena final poderá ser reduzida de um a dois terços. "É como se ele soubesse que aquilo não é certo, mas sem exata noção do que estava acontecendo", explica o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas. Outro exame que pode decidir a sorte do rapaz é o toxicológico, requerido pelo delegado que comanda as investigações. Caso seja constatado o uso de entorpecentes, será avaliada a possibilidade de Meira ter consumido drogas para tomar coragem para praticar o crime. "Nesse caso, ele não está isento de responsabilidade, mesmo se tiver alguma doença, pois é um indicador de que o crime foi premeditado", afirma D'Urso.

Clique aqui para ler a matéria completa com fotos das vítimas.

Caso "Maníaco do Parque"


Francisco de Assis Pereira, o "Maníaco do Parque",
é um
criminoso brasileiro que estuprou, torturou e matou pelo menos seis mulheres e atacou outras nove. O referido Parque é o Parque do Estado, situado na região sul da cidade de São Paulo. Nesse local foram encontrados vários corpos das vítimas.

O
psicopata já havia sido detido como suspeito, mas liberado logo depois. Ao ver seu retrato falado nos jornais, descrito por algumas mulheres sobreviventes de seus ataques, ele fugiu para o sul do país. Ao desaparecer, deixou apenas o jornal na sua mesa, o que alertou seus patrões (ele trabalhava como motoboy) que comunicaram a polícia que assim descobriram sua identidade. Durante a fuga, causou desconfiança aos moradores das cidades por onde passou, até que foi denunciado e preso, sendo posteriormente enviado para São Paulo.

Após ser capturado pela
polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém feio, pobre, sem muita instrução, não portando revólver ou faca, conseguiu convencer nove mulheres, algumas até de classe média-alta e nível universitário, a subir na garupa de uma moto e ir para o meio do mato com um homem que tinham acabado de conhecer.
A história ganhou dimensão nacional quando a jornalista Angélica Santa Cruz, então repórter da revista Veja e hoje diretora de redação da Gloss, conseguiu acompanhar o depoimento reservado do criminoso. Na matéria de capa daVeja
daquela semana estava uma foto do maníaco com a frase "Fui Eu".

O Maníaco do Parque, no interrogatório, relatou que era muito simples. Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um
fotógrafo de modarevista importante procurando novos talentos,oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado.

Preso provisoriamente no presídio de
Taubaté, que abriga os criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo, Pereira chegou a ser dado como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma série de desencontros, a direção da unidade confirmou que o motoboy, jurado de morte pelos outros presos, estava vivo. Pereira foi sentenciado a mais de 121 anos de prisão em 2002 e cumpre pena.

Ele entra assim para o topo da "Escala do Mal" criada pelo psiquiatra americano Michael Stone em 2005. Uma pesquisa do
Ibope para o Ministério Público em 2004 mostrou que o caso policial é o mais lembrado pelos brasileiros, com um índice de 76%.


Fonte: Wikipédia.

Rachel Genofre


O corpo de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, de 9 anos foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba, na madrugada do dia 05/11/08.


Rachel Lobo Genofre estava desaparecida desde 03/11/08. Ela saiu da escola por volta das 17h30 e sumiu. O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas já estava investigando o paradeiro de Rachel Lobo Genofre. A menina costumava ir à unidade de ensino sozinha há cerca de um ano. No trajeto, ela andava de ônibus.


O corpo apresentava sinais de estrangulamento e de violência sexual. A polícia investiga o caso de Curitiba ainda investiga o caso, mas até o momento nenhuma pista e ninguém foi preso. O caso continua um mistério e o assassino circula livremente, pois não foi identificado.


Quase um ano e meio após o crime, a polícia ainda não encontrou o culpado. Mais de 50 suspeitos realizaram teste de DNA para ser comparado ao material genético encontrado no corpo da vítima e 200 pessoas foram interrogadas.


Os pais de Rachel Lobo Genofre, Maria Cristina Lobo Vieira e Michael Genofre em entrevista desabafam:

Cristina disse que com frequencia telefona para o Centro de Operações Policiais Especiais - Cope - para confirmar que o trabalho continua. “Eu ainda acredito na polícia. Sei que até pessoas do meu relacionamento foram investigadas, tiveram que fazer exames de DNA. Enquanto não descobrirem o assassino, todas as linhas de investigação devem ser trabalhadas”, comentou.


Genofre, desabafou " Nós não temos escolha. Tem de confiar na polícia. Se a polícia não chegar até o indivíduo, não tem quem chegue. Os policiais, tanto pela parte profissional, como pela opinião pública, como também pela história, estão mobilizados. Então, tudo contribui para que eles façam o melhor."


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