segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O caso Serrambi



No dia 2 de maio de 2003, Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão Vieira de Melo, ambas com 16 anos, resolveu passar o feriado prolongado com amigos na praia de Serrambi, no litoral de Pernambuco. No dia 13 de maio, as famílias constataram que as duas estavam mortas, depois de dez dias de desaparecimento.


A primeira investigação policial conduzida por um delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia do estado teve seu resultado contestado pelo Ministério Público.


O Caso Serrambi, como o crime ficou conhecido, mobilizou a opinião pública. Graças à iniciativa de Regina Lacerda, mãe de uma das adolescentes mortas, 40 mil assinaturas foram recolhidas exigindo a identificação e punição dos culpados. A Polícia Civil identificou como responsáveis pelas mortes os irmãos kombeiros Marcelo e Valfrido Lira, graças ao depoimento de uma testemunha, que garantia que as vítimas subiram no veículo deles em Porto de Galinhas, por volta das 18h30 do dia 3 de maio.




Provas inconclusivas




O promotor de Ipojuca (PE), Miguel Sales, considerou que o inquérito presidido pelo delegado José Silvestre, não apresentava provas contra os kombeiros. Em junho, ele devolveu as três pastas com mais de 500 páginas contendo depoimentos de 62 pessoas e laudos de perícias realizadas no local do crime e no veículo dos acusados. Indícios como 12 fios de cabelo, um pedaço de náilon verde com 41 centímetros de comprimento, um par de aparelhos de barbear e papéis de bombons de menta foram os argumentos apontados para a conclusão do caso, com a prisão de Marcelo e Valfrido Lira. Miguel Sales recomendou que a polícia interrogasse novamente os jovens que estavam na casa de praia onde Maria Eduarda e Tarsila se hospedaram.


Em novembro do ano passado, a juíza da comarca de Ipojuca, Ildete Veríssimo, autorizou a realização de novos exames, com a participação de peritos de outros estados. Os corpos das duas adolescentes foram exumados para retirada de material que foi enviado para o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo e o Instituto de Medicina Legal (IML) de Ribeirão Preto. Outras 15 perícias foram realizadas, inclusive na casa em Serrambi, na tentativa de se descobrir detalhes como vestígios de sangue. As investigações ainda não foram concluídas.

2 comentários:

  1. ESSES COMBEIROS PARECEM MAIS FANTOCHES NAS MAS DA POLICIA FEDERAL

    ResponderExcluir
  2. sinceramente tudo isso cheira mal,agora o que povo não sabe qual foi o acordo pra os kombeiros permanecerem em silencio!

    ResponderExcluir