segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Crime da Rua Cuba

Um crime nas vésperas de Natal.



Mistério: os pais de uma família de três filhos encontrados mortos no quarto do casal. Havia um despertador regulado para tocar às sete e meia da manhã, mas ninguém se levantou. O quarto foi aberto pela polícia à uma hora da tarde: o casal imóvel, coberto por um lençol, sinais de sangue em seus rostos, marcas de tiros de revólver na cabeça.

Quem praticou esse crime tão terrível? Vingança? Ladrão? Alguém da própria família? Um homicídio seguido de suicídio? Um caso enigmático para a polícia descobrir – o caso da rua Cuba estampa nos jornais.

Um engenho da tecnologia moderna programada de forma especial para desvendar tal mistério: criação e tarefa de um pesquisador científico – invento secreto, uma máquina fantástica para casos assim.

Regulou a máquina e tudo o que ocorreu naquela madrugada, foi repassando como a cena de um filme. Mas não foi possível ver a cara do assassino: mata o homem que estava dormindo e, em seguida, a mulher acorda e ele a mata também. Fecha a porta do quarto e leva a chave consigo.

O caso continuava sem testemunhas. O filho mais velho, Jorginho, chamou a polícia que passou a examinar os corpos, tentando desvendar o crime. Após todas as investigações, segundo o laudo, as deduções: homicídio seguido de suicídio.

Surgiram dúvidas depois. O caso ficou mais complicado. Quem e por que matou os Bouchabki afinal? A polícia volta ao local do crime para novos exames.

A máquina do tempo entrou em ação novamente. E, nesse momento, o advogado José Carlos Dias fez uma reunião em seu escritório, com as pessoas interessadas no caso. Quatro dias após, fizeram outra reunião em outro local. Era tudo muito sigiloso. Desta vez, o pai da namorada do Jorginho estava presente.

Os jornais paulistas preocuparam-se com o fato: três repórteres atentos no caso.

O delegado Sampaio concluiu que o criminoso se encontrava dentro da própria casa. Fizeram uma segunda exumação dos corpos com a participação de legistas de outra cidade: Campinas, de outro Instituto Médico Legal, os quais descobriram a ossada do carrasco nazista: Joseph Mengele; contrariando assim, os legistas do Instituto Médico de S. Paulo.

Fim do mistério: Deduziram que Jorginho, o filho mais velho, era o autor do crime dos próprios pais. Levantaram uma hipótese: o diretor da Delegacia de Homicídios teria recebido uma grande oferta em dinheiro para afastar o delegado Sampaio do inquérito, para que o rapaz não fosse indiciado.

O Jorginho vivia em conflito com os pais. Mas a arma do crime não foi encontrada, além de nenhuma testemunha. A máquina do tempo não captou nenhum diálogo: apenas o que faziam, mas não o que diziam. Apresentou imagens porém sem palavras. Ficaram as dúvidas: O que falavam? O que pensavam? O que descobriram?

Será que o rapaz é culpado mesmo? E se for inocente? Quem irá consertar os estragos provocados na sua vida?

E agora? Tiveram a ajuda de uma máquina do tempo e de um repórter bem informado. Ainda assim, a dúvida persistiu: quem matou o casal Bouchabki? Mas o promotor ficou convencido de que o criminoso foi realmente o Jorginho Delmanto. Endossou as investigações do delegado Sampaio e fez a denúncia definitivamente.

Porém a defesa do Jorginho reprovou severamente o promotor e o delegado pela acusação, visto que havia outras pessoas na casa.

Em suma, concluo que o crime da rua Cuba foi praticado pelo o acusado mesmo, pois tudo concorre para essa afirmação; considerando como tudo se desenrolou diante da máquina do tempo no início do texto. Conflitos de geração: muitos pais não entendem certos comportamentos de seus filhos e alguns filhos não os respeitam como os de antigamente. Por isso, os pais conscientizam-se cada vez mais de que educar é uma tarefa extremamente difícil. Não basta amar.


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