domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Caso Maria Cláudia Del'Isola

Quem era Maria Cláudia?


Maria Cláudia, Tatinha, menina do planalto, doce, meiga, amiga...
Querida, amada, morava com os pais e a irmã Maria Fernanda de 21 anos na QL 6 em Brasília.
Estudiosa, fazia duas faculdades, Psicologia na Uniceub e Pedagogia na UnB.
Seu crime? Ser bonita, rica, atrair atenção...
Maria Cláudia ligou pela última vez para a mãe, Cristina Del’Isola, 46, por volta das 8h de quinta-feira. Avisou que iria para a Universidade de Brasília, onde estudava Pedagogia, e que deixaria o carro em casa e pegaria carona com uma amiga. A mãe estranhou porque Maria Cláudia não costumava sair sem o próprio carro, um Gol preto.

Eleita menina-sorriso pelos amigos, a bela Maria Cláudia amava a vida...
Animada e popular Maria Cláudia cursava dois cursos universitários
Ela tinha pressa. Queria viver intensamente e ser feliz. Queria fazer e cultivar amigos. Queria se formar. Todos os planos seriam permitidos. Havia tempo, coragem e vontade para ser o que quisesse. Havia tempo para realizar todos os sonhos. Criar rotas. Mudar, refazer, construir e reconstruir. Mudar a própria vida quantas vezes fossem necessárias. Aos 19 anos, o tempo conspira a favor. Ela era dona da própria vida.
Aos 17 anos, Maria Cláudia de Siqueira Del’Isola terminou o ensino fundamental, no Maristão, na 615 Sul. Estudou ali a vida inteira. Aprendeu, no lugar onde o pai é diretor e a mãe orientadora educacional, a fazer amigos. Nunca usou o fato de os pais serem influentes para obter vantagens. Pelo contrário. Exatamente por isso, esforçava-se mais. Estudava mais. Precisava dar exemplo. E tirou de letra todos os obstáculos criados por ser a filha do diretor da escola onde estudava.
Passou nos vestibulares de Psicologia, no UniCeub, e de Pedagogia, na Universidade de Brasília (UnB). Aos 19 anos — completados em junho — vivia um momento especial de sua vida. A moça bonita, de cabelos castanhos claros, sorriso perfeito e cara ainda de menina, estava particularmente feliz. E havia apenas um motivo para tamanha felicidade: Maria Cláudia gostava da vida. Fartava-se dela. Embriagava-se pelo prazer de sentir-se viva. ‘Nunca vi ninguém com tamanha vontade de viver como ela’’, conta uma amiga da faculdade.


O Caso

A cidade de Brasília acordou naquela manhã do dia 13 de Dezembro de 2004, assombrada com o assassinato de Maria Cláudia de Siqueira Del’Isola, 19 anos. Ela foi encontrada morta, enterrada embaixo da escada da casa onde morava, na QL 6 do Lago Sul, domingo à noite. A jovem, que estava desaparecida desde a manhã de quinta-feira, dia 9, sofreu estupro, esfaqueamento e asfixia.
Os policiais que investigavam um suposto seqüestro, descobriram o corpo da estudante depois de sentir o mau cheiro na casa. A empregada doméstica Adriana de Jesus Santos, 20, que trabalhava e morava na casa de Maria Cláudia há dois anos, confessou a participação no crime na noite de domingo, dia 12. Ela acusou outro empregado da casa, Bernardino do Espírito Santo, 30, de ser o mentor e executor.
Maria Cláudia ligou pela última vez para a mãe, Cristina Del’Isola, 46, por volta das 8h de quinta-feira. Avisou que iria para a Universidade de Brasília, onde estudava Pedagogia, e que deixaria o carro em casa e pegaria carona com uma amiga. A mãe estranhou porque Maria Cláudia não costumava sair sem o próprio carro, um Gol preto.
Os pais da jovem só voltaram para casa às 12h30. No fim do almoço, por volta das 14h, um telefonema confirmava as suspeitas da mãe, de que algo estava errado. ‘‘Uma amiga de Maria Cláudia ligou. Queria saber por que ela não havia ido à faculdade’’, disse o delegado Antônio José Romeiro, titular da 10ª DP (Lago Sul).

Escutas telefônicas

Cristina estranhou a suposta mentira da filha, que costumava informar a família sobre os amigos que tinha e os locais onde freqüentava. A mãe ligou para outros amigos e ninguém soube informar o paradeiro de Maria Cláudia. Antes das 17h de quinta-feira, Cristina foi à 10ª DP registrar o desaparecimento da filha.
A primeira suspeita dos policiais foi de seqüestro, já que Maria Cláudia não havia retirado nenhum objeto de casa — que podia ser sinal de uma viagem de última hora. Agentes e delegados da Divisão de Operações Especiais (DOE) e do Serviço de Inteligência da Polícia Civil foram acionados para ajudar na investigação.
No domingo pela manhã, policiais estiveram na casa de Maria Cláudia, para instalar escutas telefônicas. A família estava reunida na cozinha. À tarde, um agente da DOE desceu pela escada que dá acesso à piscina e área de serviço. ‘‘Ele estranhou um cheiro forte que exalava de dentro de um quarto, embaixo da escada’’, disse Romeiro. O pai da jovem explicou que usavam o local para depósito, e que o cheiro poderia vir de algum produto de limpeza ou de um rato morto.
O policial pediu para que a porta do depósito fosse aberta. Se deparou com um monte de terra fofa e úmida, bem no pé da escada. Ao passar a mão para afastar a terra, sentiu o cadáver. Outros policiais foram chamados para ajudar na retirada do corpo.
Maria Cláudia estava deitada de bruços, com os braços amarrados para trás, nua da cintura para cima, com uma saia e sem calcinha. Havia sinais de violência sexual no ânus e na vagina, onde foi encontrado sêmen. A cabeça, que estava voltada para a escada, tinha sido envolta por um saco plástico. Marcas no pescoço denunciavam estrangulamento.
Enquanto isso, na cozinha, a empregada doméstica Adriana fazia café para os policiais que investigavam o caso. Ela e Bernardino consolaram a família com quem vivia, junto com o filho de cinco anos. Chegaram a participar das orações pela menina no sábado. Quando soube que o corpo foi localizado, Adriana começou a chorar. Abordada pelos investigadores, confessou o crime.

O Suspeito

Bernardino do Espírito Santo Filho, 30 anos, morava na casa de Maria Cláudia de Siqueira Del’Isola, 19, há dois anos e dois meses. Veio de Salvador (BA) para trabalhar como caseiro para a família da jovem. De quinta-feira a domingo, trabalhou normalmente. Além de cuidar dos jardins, Bernardino — também chamado de Junior — fazia faxinas na casa. Sabia de todos os costumes, onde ficavam as chaves. Era, até então, um empregado de confiança, tanto que acompanhava Maria Cláudia quando ela aprendeu a dirigir.
Por volta de 9h do domingo, Bernardino deixou a casa. Disse aos patrões que iria comprar iogurte. Para a doméstica Adriana de Jesus Santos, 20, com quem namorava e também trabalhava na casa, disse ainda que ia até a casa de um amigo no Guará. Não voltou mais.
O empregado, que é o principal suspeito do assassinato de Maria Cláudia, teria fugido com R$ 2 mil — dinheiro que roubou de um cofre da vítima. Foi até a casa de uma outra amante, que está grávida de quatro meses, e lá deixou R$ 200. Ele colocou outros R$ 50 na bolsa de Adriana. O dinheiro que estava com as mulheres foi recuperado pela polícia.
Com R$ 1.750, Bernardino tomou um táxi com destino à Bahia. O carro o levou até Feira de Santana. Acionada, a Polícia Rodoviária Federal interceptou o táxi, mas ele já havia terminado o percurso. De acordo com o taxista Willibaldo Souza Bento, que o levou até o local, Bernardino pagou R$ 1 mil adiantados para ser levado até a cidade baiana. Prometeu outros R$ 700 quando chegasse lá.
Interrogada pela polícia, Adriana disse que o caseiro premeditou o crime. Segundo contou em depoimento, Bernardino levou uma semana para cavar o buraco onde enterraria o corpo de Maria Cláudia. A terra foi misturada com o lixo para que a família não desconfiasse das escavações.
A empregada revelou também que a arma do crime foi escondida no sótão da casa juntamente com a bolsa da estudante. Do dinheiro roubado, Adriana ficou apenas com R$ 50. Além das economias de Maria Cláudia, Bernardino também ficou com o celular da vítima. Mas disse à cúmplice que não o usaria, para não ser rastreado pela polícia, caso a história fosse descoberta.
Bernardino fugiu, mas deixou para trás, na casa dos patrões, seus documentos e a arma do crime. No quarto onde dormia, os policiais encontraram um mandado de soltura, expedido em 11 de maio de 1994 pela Justiça baiana. Ele estava preso na penitenciária de Salvador por uma tentativa de homicídio contra uma mulher.

A Cúmplice

Sem derramar uma lágrima, Adriana de Jesus Santos prestou depoimento de 50 minutos aos policiais do Lago Sul: namorada e co-autora do crime
Durante toda a manhã de ontem, a empregada doméstica Adriana de Jesus Santos, 20 anos, reclamou por conta da pressão da algema no pulso esquerdo. Impaciente no banco de concreto da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), ela confessou aos repórteres a co-autoria no assassinato da estudante Maria Cláudia de Siqueira Del’Isola, de 19 anos — estuprada, esfaqueada e asfixiada, na manhã de quinta-feira.
Com pés descalços, calça de lycra e camiseta, a empregada tentava se defender do assédio da imprensa e se irritava ao lembrar de Bernardino do Espírito Santos Filho, 30, acusado de ser o mentor do crime. ‘‘Não tinha nada contra essa menina. Por causa de um homem, minha vida se acabou. Fiz o que ele quis e agora estou sozinha, levando a culpa de tudo’’, defendeu-se.
uma lágrima, o crime macabro. E confessou a participação na emboscada e no assassinato. Por quê? ‘‘Ele falavaMas em um segundo depoimento na 10ªDP, ela contou, com requintes de detalhes, e sem derramar nenh que ela era bonita, que era gostosa. Me fazia ciúmes com isso. Uma vez disse que a pegaria, se ela desse mole. Isso me deixava irritada’’, contou a doméstica. ‘‘O Bernardino queria me dar metade do dinheiro roubado (R$ 2 mil). Mesmo assim, ele pegou R$ 50 e colocou na minha carteira. Disse que era para meu filho (de cinco anos).’’
Bernardino e Adriana namoravam há pouco mais de dois anos. Mas ele tinha outra namorada, em Ceilândia, que está grávida de quatro meses. Adriana disse que só soube disso na madrugada após o crime, quando a mulher chegou à delegacia levada por policiais civis. Soube também que a outra namorada de Bernardino havia ganho R$ 200 do caseiro — parte do dinheiro roubado de Maria Cláudia.
Adriana a e Bernardino se conheceram no interior da Bahia, onde nasceram. Ele veio de Salvador para Brasília há dois anos. ‘‘Dois meses depois, a dona Cristina (Del’Isola, mãe de Maria Cláudia) precisou de uma empregada. O Júnior (Bernardino) me recomendou e eu vim trabalhar na casa da família’’, lembrou a doméstica.
Na casa dos patrões, além de um salário fixo e carteira assinada, eles ganharam abrigo. Ambos moravam em quartos próprios na casa da família, na QL 6 do Lago Sul. E eram muito bem tratados, segundo a própria Adriana. ‘‘Ela (Maria Cláudia) sempre foi boa pra mim e pro meu filho. Todos sempre foram bons patrões, me tratavam bem’’, disse.
Depoimento de Adriana de Jesus dos Santos.

O Aviso

‘‘Na sexta-feira (dia 3), o Bernardino me disse: ‘Vou fuder com a puta branquela da Maria Cláudia’. Ele falou que ela tinha uns R$ 1 mil a R$ 2 mil guardados no armário e que eu tinha que ajudá-lo no crime. Eu não sabia daquele dinheiro. Como ele é faxineiro, sabia de tudo que estava acontecendo na casa, onde ficavam todas as chaves.’’

O Ciúme

‘‘Eu sabia que ele gostava dela. Achava que ele tinha que ter respeito com a dona da casa e comigo. Eu tinha raiva e ciúmes por ela ser rica e bonita. Sentia-me humilhada por ser pobre e feia.’’

A Trama

‘‘Na quinta-feira de manhã, ele (Bernardino) me acordou às 6h para eu fazer o café e arrumar a mesa. Contou que vinha cavando o buraco há uma semana e que guardava a terra no carrinho de mão, para ninguém desconfiar.’’

O Ódio

‘‘Logo que eu levantei, o Bernardino falou: ‘É hoje que vou fuder com a puta, vadia, loira burra da Maria Cláudia que tira uma onda. A partir de hoje, ela não vai mais tirar onda. Você vai me ajudar a segurá-la enquanto eu fodo e depois estupro.’’

A Armadilha

‘‘Os pais dela (Maria Cláudia) saíram às 7h. Ela acordou às 8h e tomou o café. Quando ia pegar o carro, o Bernardino a chamou para uma conversa, no jardim, perto da piscina. Ele já tinha colocado uma sacola plástica sobre o freezer.’’

O Ataque

‘‘Eu segurava a fita crepe e uma corda. Ela falou para mim: ‘Dri (assim a vítima chamava a empregada), não faz isso não, pois ele (Bernardino) vai te prejudicar e a polícia vai te pegar.’ Aí eu coloquei a fita crepe na boca dela. Depois, amarramos as mãos delas, pra frente.’’

O Estupro

‘‘A gente jogou a Maria Cláudia de barriga para cima. Tiramos a blusa, o sutiã e a calcinha dela. O Bernardino baixou as calças e eu segurei as pernas dela para ele fazer aquelas coisas. Depois, a gente colocou ela de costas. Ele fez aquelas coisas com ela de novo.’’

O Horror

‘‘A Maria Cláudia chorava muito. Ela se debatia. Eu só xinguei ela uma vez, de branquela. Aí, o Bernardino deu um soco na cara dela e depois um chute nas costelas dela. Ela ficou desacordada. O Bernardino pegou a peixeira, que ele guardava no quarto e tinha o maior apego. Ele começou a cortar o rosto dela. Acertou o olho. Depois, cortou o peito e as pernas. Quando ele cortava, espirrava sangue.’’

O Golpe Final

‘‘Eu bati no rosto dela e gritei: ‘Maria Cláudia, acorda!’ Acho que estava morta. O Bernardino pegou o saco plástico e pôs na cabeça dela. Depois, enrolou a corda no pescoço. Disse que era para o corpo não feder.’’

A Cova

O Bernardino pegou o corpo e arrastou até o buraco. Eu só empurrei o freezer, que estava na frente da porta. Atrás, estava o buraco. Ele colocou ela lá e depois jogou a terra, que estava no carrinho de mão.’’

A Frieza dos Assassinos

‘‘O Bernardino disse que ia terminar o serviço sozinho. Ele mesmo limpou o chão. Pegou as roupas da Maria Cláudia e colocou no saco, depois levou tudo para fora e colocou no lixo da rua. Quando os pais dela chegaram (por volta das 12h30), ele foi na cozinha e falou que eu não deveria contar nada, porque eu tinha participado. Fiquei calada. Os patrões só sentiram falta da menina lá pelas 14h. Aí foram para a delegacia.’’

Drogas

‘‘O Bernardino fumava maconha. No dia do crime, ele tinha ficado muito agressivo. Estava com os olhos vermelhos e suava muito. Fedia a maconha. Depois (do crime), começou a me tratar com ignorância. Como já tinha apanhado dele antes, resolvi ficar quieta.’’

A Fuga

‘‘O Bernardino saiu de casa no domingo de manhã. Disse que ia passear no Guará. Eu não falei nada do que tinha acontecido porque fiquei com medo da reação do Júnior (assim ela também chama Bernardino) porque estava com medo dele e da polícia. Ele disse pra mim: ‘Se falar, vai dançar sozinha’.’’

A Investigação

Até o corpo de Maria Cláudia de Siqueira Del’Isola, 19 anos, ser encontrado no domingo à tarde, os policiais tinham convicção de que ela havia sido seqüestrada ou partido para uma aventura juvenil. Investigadores das delegacias do Lago Sul (10ªDP), de Repressão a Sequestro e da Divisão de Inteligência da Polícia Civil buscavam pistas em Brasília, cidades do Entorno e até em Pirenópolis e na Chapada dos Veadeiros.
Assim que acharam o corpo enterrado embaixo da escada da casa onde a jovem morava, na QL 6 do Lago Sul, os policiais perceberam um indício de que ela não havia saído da residência. Eles encontraram o chaveiro da jovem, onde estavam as chaves do carro e
da casa.
Nos primeiros depoimentos, a família afastou a possibilidade de envolvimento dos empregados no crime. A doméstica Adriana de Jesus Santos, 20, e o caseiro Bernardino do Espírito Santo, 30, trabalhavam e moravam na casa da família há dois anos e dois meses. ‘‘Os patrões só falavam bem deles’’, ressaltou o delegado Antônio José Romeiro, titular da 10ªDP.
No entanto, os agentes perceberam que a empregada apresentava versões desencontradas para os acontecimentos dos últimos dias. ‘‘Cada hora ela falava uma coisa diferente para um dos investigadores’’, disse Romeiro. Adriana chorava com a família o desaparecimento de Maria Cláudia.
Mas Adriana resolveu se entregar quando o corpo da estudante foi encontrado. Ela mostrou aos policiais onde Bernardino guardava seus pertences. Entre os documentos do caseiro, foi encontrado um mandado de liberdade provisória, expedido em maio de 1994. Segundo levantamentos da polícia, ele esteve preso por uma tentativa de homicídio contra uma mulher. ‘‘Agora temos que saber se ele foi condenado pela tentativa de homicídio ou se cometeu outro crime’’, explicou o delegado. Adriana nunca havia sido presa nem respondia a qualquer processo.
Na manhã de domingo, antes do corpo ser encontrado, Bernardino fugiu de táxi para a Bahia. O Tempra vinho, placa JEL-2846 (DF), do taxista que transportou o principal suspeito do assassinato de Maria Cláudia foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal em Itaberaba (BA), na manhã de ontem. O motorista Willibaldo Souza Bento voltava para Brasília quando foi abordado pelos policiais às 7h30. Ele confirmou as características do passageiro que havia deixado horas antes no Hotel Avenida, em Feira de Santana (BA).
Quando os agentes chegaram ao hotel, por volta das 8h, Bernardino havia fugido novamente. Dez policiais participam da operação de busca, mas ainda não conseguiram localizar o suspeito. O taxista prestou depoimento ainda pela manhã. Ele contou que a corrida custou R$ 1,7 mil e que deixou o caseiro na cidade baiana por volta das 4h30 da madrugada de domingo.

FONTE

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